Cursum Perficio: Uma reflexão sobre propósito, resiliência e aceitação
E se o vento pudesse mudar o curso da história? Descubra a beleza da vida imprevisível – e a liberdade de não controlar tudo.
Cursum Perficio
(Minha jornada termina aqui)
Post nubila, Phoebus
(Depois das nuvens, a Luz)
Já imaginou que maravilha poder chegar ao fim de um penoso ciclo de vida, olhar para trás e dizer:
Cursum Perficio.
Combati o bom combate, fiz o meu melhor.
Passei por muitas coisas, altos e baixos, mas... post nubila, Phoebus!
E agora posso voltar à Fonte Criadora, rever minha família estelar e viver...
In Aeternum!
Pois é disso que se trata a vida. Vivemos em busca de um propósito quando, na verdade, viver é o propósito em si. Cumprir essa jornada, colocando seu melhor em cada minuto, e permitir que a paz acompanhe suas ações, além de muita resiliência.
Quando digo fazer o seu melhor, não me refiro a metas e resultados. Fazer o nosso melhor significa colocar amor e respeito em nossas ações.
Muitos buscam a perfeição, traçam seus objetivos com grande planejamento e criam expectativas sobre o que receberão como prêmio. Afinal, seria o mérito pelo empenho e desempenho.
Entretanto, por melhor e mais acuidado que seja o plano, por mais que se calculem os riscos, a verdade é que não temos controle sobre absolutamente nada. Ainda mais sobre situações em que as variáveis chegam a ser infinitas dentro de todas as probabilidades: um pneu furado, um filho com febre, ou um pombo que lança seu "presente" do alto da árvore, mirando seu ombro esquerdo.
Que porcaria1! A camisa é nova e a reunião começa daqui 10 minutos...
Veja, não há controle. O melhor que você pode fazer é acordar mais cedo para tentar amenizar os efeitos do inesperado e, mesmo assim, ainda pode derramar o café na camisa por conta própria a caminho do trabalho.
Se as variáveis são infinitas, as possibilidades idem. Isso revela que as oportunidades também - e da mesma forma, são incontroláveis! Não sabemos de onde virão.
Grã-Bretanha, que tiro foi esse?!
Um bom exemplo, eu diria que até emblemático, foi o que definiu o combate entre Grã-Bretanha e Estados Unidos na Batalha de Long Island.
A também conhecida como Batalha do Brooklin aconteceu em agosto de 1776, ou seja, apenas um mês depois de os Estados Unidos terem se declarado uma nação independente.
Isso poderia significar o fim precoce da independência estadunidense.
Entretanto, como a História nos conta - e como podemos testemunhar -, não foi o que aconteceu. Pelo contrário, os Estados Unidos seguem, ainda, como a maior potência do planeta.
Mas, voltando à Batalha de Long Island…
A Grã-Bretanha foi literalmente es-ma-ga-da.
Assim mesmo, com spoiler e sem beijinho preliminar.
***
Poderíamos conjecturar algumas razões para a derrota dos britânicos:
Um general ter titubeado em momento decisivo;
Um último soldado ter levantado a bandeira branca e se rendido ao inimigo;
Um contra-ataque massivo dos Estados Unidos contra o oponente.
Tudo isso poderia até fazer algum sentido... MENOS o contra-ataque dos E.U.A., uma vez que seu exército era minúsculo frente ao poder bélico britânico. Diga-se de passagem, a Grã-Bretanha contava com uma frota de quatrocentos navios e dezenas de milhares de soldados.
Todavia, o fato é que o que definiu a vitória dos Estados Unidos foi...
O VENTO.Você riu?
Pois é, quando eu soube também ri.
Sim, a direção do vento - fortíssimo naquela noite de 28 de agosto de 1776 - simplesmente impediu o exército britânico de subir o Rio East, onde as tropas de George Washington estavam posicionadas. E onde, é claro, seriam destroçadas.
Moral da História:
Se o vento estivesse soprando para o outro lado, a independência norte-americana não teria sobrevivido a um mísero mês, a não ser com muito custo num futuro improvável.
Montanha-russa, sinônimo de vida
A imprevisibilidade do vento, capaz de mudar o curso da história, nos lembra que a vida também é repleta de surpresas. Estamos sujeitos a eventos inesperados, que nos colocam à mercê do acaso, como minhocas sendo caçadas para isca de peixe. No entanto, é importante lembrar que nem todas as minhocas são pegas, o que quer dizer que estamos sujeitos ao acaso. Isso não significa que coincidências existem. Aliás, elas não existem. Mas esse assunto fica para uma outra hora.
A boa maneira de estarmos preparados para as surpresas da vida é entender que "estar preparado" pode não ser o bastante. E, sabendo disso, conseguimos ficar numa boa com essa ideia - ao menos, podemos ir nessa direção.
Algumas situações, resultados de uma surpresa, podem perdurar dias ou meses, é verdade. Alguns percursos podem parecer sombrios e, para isso, podemos - e devemos! - acessar nossa intuição.
Se você acha que sexto sentido é privilégio feminino, lembre-se de que todos temos glândula pineal, além de um sistema bem treinado para identificar o perigo. Olhe para o passado e verá inúmeros exemplos disso.
O importante é compreender e assimilar que todas essas situações inesperadas fazem parte da jornada. Elas são responsáveis por nos ajudar a exercitar a resiliência, a paciência, a intuição... Ou seja, são elas que vão nos auxiliar a aprimorar e desenvolver nossas melhores habilidades.
Ao final do ciclo, você vai olhar para trás, respirar fundo e dizer:
Post nubila, Phoebus. Cursum Perficio!
E você, já teve alguma experiência em que o “vento” soprou a seu favor, ou contra? Compartilhe sua história nos comentários! Sua jornada pode inspirar outras pessoas a encontrarem a paz e a resiliência diante dos desafios da vida.
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Nota da autora: Este artigo foi atualizado para melhor refletir a mensagem de paz e acolhimento que busco transmitir. Agradeço a compreensão! 🙏